Ministro da Agricultura anuncia renegociação de dívidas e linha de crédito para produtores do RS

Em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, com participação do Grupo Diário, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, falou sobre a situação da agricultura e da pecuária no país. Ele deu destaque para a renegociação de dívidas de produtores rurais no Rio Grande do Sul. No programa, que foi ao ar na quarta-feira (17) pelo CanalGov no YouTube, Fávaro também falou sobre a safra de grãos de 2025/2026, que deve bater recorde.

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Renegociação de dívidas e inovação tecnológica

O Rio Grande do Sul sofreu com enchentes em 2024 e, no início de 2025, sofreu uma forte estiagem, por isso receberá atenção especial do governo. O ministro anunciou que a renegociação de dívidas para pequenos e médios produtores rurais está em fase de regulamentação pelo Conselho Monetário Nacional.

- As instituições financeiras estão se preparando para fazer as renegociações. Precisamos, através da tecnologia, estimular o Rio Grande do Sul a conviver com as intempéries climáticas - disse.

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A medida tecnológica visa mitigar os impactos das sucessivas intempéries climáticas que têm afetado a produção agrícola gaúcha. Paralelamente à renegociação, o governo planeja implementar uma nova linha de crédito focada em tecnologia.

- Estamos estudando uma linha de crédito com fundo garantidor, que tenha tecnologia transferida já adquirida, e que a gente possa, além de repactuar as vidas, as dívidas, estimular as boas práticas e garantir estabilidade e a volta da produção com segurança ao Rio Grande do Sul - falou Fávero, sobre o planejamento do ministério.

O programa promove a cobertura vegetal do solo durante todo o ano, pode aumentar a tolerância do solo à seca dos atuais nove dias para até dias.

-  Na média, o solo gaúcho tolera em torno de nove dias de sol e seca, o que é muito pouco. Hoje tem tecnologia para suportar 20, 30 dias de seca com produtividade sendo mantida, então precisamos usar essa tecnologia.

Possibilidade de antecipação de vendas por parte dos produtores

Outro ponto abordado pelo ministro foi a possibilidade do produtor escolher o período de venda dos seus grãos como mecanismo de estabilidade. Ele citou os contratos de opção para produtores de arroz, que garantem um preço mínimo e protegem o agricultor das flutuações do mercado.

- O governo estimula isso. No ano passado, lançou contratos de opção para os produtores de arroz. Se o preço estiver a 90, 100, 120 reais, ele joga a opção fora e vende no mercado. Se estiver abaixo, ele exerce vendendo para o governo com 20% de margem. A venda antecipada, quer seja vendas governamentais ou pela iniciativa privada, é sempre importante um mecanismo importante para o produtor garantir pelo menos o custo de produção - concluiu.